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Centro de Arte e Imagem

domingo, 9 de setembro de 2012

Alteração de Horário do CAI - Galeria IPT

Informamos que o Centro de Arte e Imagem - Galeria IPT terá, excepcionalmente e até 30 de Setembro, um novo horário: de Segunda a Sexta das 10:00h - 12:30h e das 14:00h - 17:00h.

sábado, 1 de setembro de 2012

domingo, 3 de junho de 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Next 53 Exposição dos alunos finalistas de Design e Tecnologias das Artes Gráficas



Next 53 Exposição dos alunos finalistas de Design e Tecnologias das Artes Gráficas
 
Inauguração | 10 de Maio | 21h00

Exposição patente até dia 17 de Junho


 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

#6 Exposição Colectiva dos Cursos Superiores de Artes Plásticas - Pintura e Intermédia, Fotografia, Vídeo e Cinema Documental


#6 Exposição Colectiva dos Cursos Superiores de Artes Plásticas - Pintura e Intermédia, Fotografia, Vídeo e Cinema Documental

Inauguração | 10 de Maio | 21h00

Exposição patente até dia 17 de Junho


quinta-feira, 15 de março de 2012

A Construção da Fuga: Território, Mapeamento e Processo em Duarte Belo

A Construção da Fuga: Território, Mapeamento e Processo em Duarte Belo
Curadoria de Nuno Faria

Centro de Arte e Imagem - Galeria do Instituto Politécnico de Tomar
Curadoria de Nuno Faria
Até 22 de Abril

Com a exposição A Construção da Fuga: Território, Mapeamento e Processo em Duarte Belo, pensada e concebida como um exercício no contexto do Mestrado em Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar, propõe-se uma reflexão sobre e a partir do processo de trabalho de um dos autores cuja actividade há mais tempo e mais sistematicamente vem incidindo na relação de constituição que se estabelece entre a imagem e o território.            

Fotografias, mapas, textos, desenhos, apontamentos, itinerários. Materiais que documentam um caminhar e, de alguma forma, elucidam sobre o processo e metodologias subjacentes à gestão de uma grande quantidade de informação e à constituição de um arquivo que é, ele próprio, um lugar que se desvincula do seu referente, do espaço fotografado que representa.
A Construção da Fuga é um processo de leitura do território, dos fazeres humanos sobre a terra, sobre a paisagem, é a fabricação de um lugar entre o real e o imaginário.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Venho por este meio convidar-vos à inauguração da exposição FRONTEIRA
ABERTA, de Renato Ferrão, Paulo Lisboa e Vasco Barata, na Galeria IPT -
Centro de Arte e Imagem, no dia 02 de Novembro, às 18h.
Exposição patente até 18 de Dezembro.

Galeria IPT - Centro de Arte e Imagem
5º a Dom | 10h-12h30 / 14h-19h

Av. Cândido Madureira nº13
2500-531 TOMAR
cai_galeria@ipt.pt



Imagem de convite:
Paulo Lisboa
S/título, 2011
Grafite sobre papel

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Num dia... muitos dias..."

 
António Passaporte, Fotógrafo (1901-1983)

Tomar 1950-1960

Julho a Outubro de 2011

 
Exposição Locais

CAI - Galeria IPT - O Autor, A Cidade de Tomar, as vistas e os monumentos, As Comemorações dos 800 Anos

Casa dos Cubos - O Colégio Nuno Álvares, A Barragem de Castelo do Bode, As Piscinas Municipais Vasco Jacob

Casa Vieira Guimarães - A Festa dos Tabuleiros

Inauguração a 2 de Julho


Programa

16:30- Sessão de Abertura e apresentação do Catálogo: Auditório do Centro de Arte e Imagem do IPT- Edifício Cândido Madureira, nº 13

17:30- Visita aos restantes núcleos da exposição - Casa dos Cubos e Casa Vieira Guimarães

18:30- Porto de Honra, na Casa dos Cubos

Tal como tantas outras cidades e lugares de Portugal, Tomar, não foi excepção à fotografia de António Passaporte.

A partir dos anos 40 do século XX, Passaporte foi responsável por uma vasta recolha e edição documental de um país, ainda por muitos, desconhecido. Dotado de espírito aventureiro, António Passaporte, teve uma vida cheia de histórias e peripécias. A infância em Angola, a ida para Espanha e a participação na Guerra Civil Espanhola, figurarão na exposição que estará patente em três edifícios de importante significado patrimonial nesta cidade. Esta mostra, organizada em cinco núcleos temáticos, pretende transportar o espectador numa interessante viagem no espaço e no tempo e que afinal é um roteiro fotográfico de cunho documental, situado essencialmente em Tomar, entre os anos de 1950 e de 1960.

A cidade, as ruas, os recantos, os monumentos, o rio e os jardins, a reportagem da construção da Barragem de Castelo do Bode, as grandiosas festas do Colégio Nun’Alvares e todo o seu ambiente académico, as monumentais comemorações dos 800 anos de Tomar e a Festa dos Tabuleiros, serão alguns dos temas que poderão ser vistos nesta mostra.



Esta exposição resulta de uma parceria entre o Instituto Politécnico de Tomar e a Câmara Municipal de Tomar, no enquadramento de protocolo de cooperação em vigor e está integrada no programa oficial da Festa dos Tabuleiros de 2011.



Patrocínio:

EDP - Gestão de Produção de Energia

Apoio:

Câmara Municipal de Évora;

Câmara Municipal de Lisboa;

Comissão Central da Festa dos Tabuleiros

sexta-feira, 3 de junho de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Exposição Colectiva #5



  
Exposição Colectiva #5


André Catalão | De Fora para Dentro 
João Varela | de Toerist

Inauguração | 1 Junho 2011 | 18H | CAI - Galeria IPT 
Exposição patente ao público até 26 de Junho 2011
Horário | de Qui. a Dom. | 10H às 12:30H e das 14H às 19H

Exposição Colectiva #5

terça-feira, 29 de março de 2011


Exposição José Pedro Croft

Conferência | 30 Março | 15H | Auditório
Inauguração | 30 Março | 18H | CAI- Galeria I.P.T.

Exposição patente ao público até 7 de Maio 2011
Horário | de Qui. a Dom. | 10H às 12:30H e das 14H às 19H


Retomar o corpo.


No início da passada década de noventa, José Pedro Croft abre um novo ciclo na sua obra, que se viria a transformar num desdobramento do seu trabalho. Tal como a escultura e o desenho, a gravura assume um espaço próprio na sua produção e acciona o desenvolvimento de um outro nível de relações, que lhe permite explorar um processo de trabalho em que a folha estampada é, num primeiro instante, a memória da topografia do espaço residente nos limites da matriz da gravura, a prancha, e, num segundo momento, o registo perene e visível da síntese dos procedimentos do autor na prática do desenho.

No ano de 2001, Croft realiza uma série de gravuras – que viria a editar no ano seguinte, sob a forma de um livro de originais acompanhado por poemas de Aurora Garcia – em que estabelece uma correspondência entre formas geométricas, em vermelho “monócromo”, e estruturas negras que representam sólidos simples, por vezes incompletos. Cada dupla página do livro constitui um par de gravuras e simultaneamente o índice das preocupações do autor: o peso, a densidade, a inevitável tensão entre o limite da folha e o seu centro, as transparências e os registos, e a persistente ultrapassagem do rigor geométrico, revelada pela sucessão de incisões, raspagens ou apagamentos. Aparentemente estamos em presença de uma pele e doesqueleto que a suporta, provocando uma relação ambígua no espaço amplificado da dupla folha. A oposição entre a abstracção dos planos, associada ao uso da cor, e as linhas estruturais das superfícies geométricas permite uma leitura sistemática das relações entre espaço aberto e fechado, que têm constituído um dos fios condutores da sua obra. Os sólidos que representa convocam uma prática escultórica marcada pelo confronto cheio/vazio, como uma metáfora da passagem da presença presença à ausência.

O trabalho realizado para o livro aqui referido veio a ter nos anos seguintes desdobramentos e desenvolvimentos que revelaram a invulgar capacidade que Croft tem de regressar a momentos anteriores do seu trabalho. Não se trata de rever alguma das opções que tomou ou de corrigir estratégias ligadas à sua metodologia de produção. Ao invés, o seu trabalho persegue uma lógica interna que já estava presente nas gravuras do livro. Cada uma delas é uma aproximação a uma possibilidade da representação e contém em si mesma uma sequência temporal, e assim serial. José Pedro Croft prossegue a sua prática artística como um movimento pendular que regula o seu trabalho mas cujo curso é imprevisível. À repetição do acto alia-se a capacidade de retomar a corporalidade do objecto, aparentemente terminado, para o reencontrar como matéria intocada.

As gravuras de pequeno formato têm a mesma matriz física, a mesma prancha, que deu origem às gravuras que constituíram o livro[1]. As gravuras de maior dimensão foram sujeitas ao mesmo processo. A uma primeira tiragem sucede uma outra, quase uma década depois, gerada a partir da mesma chapa, mantendo a mesma economia de meios, revelando um léxico mais rico e mais complexo. Ou seja, a natureza do múltiplo mantém a sua matriz e, ao contrário de ser anulada quando a série ou a edição está terminada, é reactivada como um work in progress.

Este acto volitivo do autor transfere o processo de trabalho, mediado pela exigência de começar uma nova etapa (uma nova prancha), para um modo contínuo, conferindo-lhe uma dimensão auto-reflexiva sujeita a um acto consciente de regresso a si mesmo. De voltar a olhar para o processo de trabalho, reafirmando em cada nova acção sobre o suporte um gesto que caracteriza uma atitude experimentalista, e por isso mesmo radical.

O resultado propõe-nos uma grelha complexa que escapa à variação sobre um tema e nos faz vacilar entre a memória da acção do corpo e hipotéticas, senão mesmo utópicas, manchas arquitectónicas, por vezes próximas da abstracção. Esta dupla presença tende a desestabilizar o nosso estado de vigília, no sentido de que o que é reconhecível neste processo não se encontra ao lado para ser comparado mas no interior, na profundidade, de cada uma das imagens gravadas, como se fosse possível percorrê-las ou sentir-lhes o peso.

A observação desta nova série de gravuras denuncia uma outra aproximação à composição, que se traduz na tensão que parece distender os limites da folha e se torna mais intrigante quando a imagem estampada ocupa toda a gravura. O autor regressa aos procedimentos do desenho, conquistando a folha pela subtracção da margem e afastando-se, quando necessário, do formato tradicional, que inclui a margem branca destinada à sua ordenação serial.

Cada uma das pranchas é sujeita a intervenções que transmutam a forma representada, chegando a mudar o seu eixo de orientação em relação às primeiras provas, realizadas no início desta década. Vêem-se planos submersos na cor, rastos de gestos anteriores, incisões, marcações e, deste modo, determinações do espaço que se constituem como um subtexto pré-existente que exprime até ao limite a exigência do labor do artista e da oficina que dá a gravura à estampa.

Mas é o pensamento do escultor que reside no processo de trabalho e presentifica a relação entre pensar e fazer, sem perder de vista a experiência do corpo na relação sensorial com o espaço como suporte e lugar do desenho. Esta relação é independente do formato, da escala, ou mesmo da austera aplicação da cor, que pode conhecer combinações mais subtis, como a junção do azul e do preto nalgumas gravuras. Esta acção retoma o questionamento da densidade da matéria, do peso dos materiais ou da sua leveza, sensação ambígua que o autor explorou desde cedo na escultura[2].

Estas gravuras actualizam no trabalho de José Pedro Croft uma marcação temporal que ultrapassa o que é transitório e fugaz. A sua presença requer do espectador uma total disponibilidade, porque necessita do seu corpo para o percorrer e dos seus mecanismos da percepção para o incorporar.

João Silvério

Agosto 2010



[1] As gravuras, tanto as da série que deu origem ao livro como as de maior formato, que estão na base das séries agora apresentadas, foram expostas na retrospectiva do autor no Centro Cultural de Belém em 2002 (conforme o catálogo José Pedro Croft 1979 – 2002 Retrospectiva, Ed. Centro Cultural de Belém, Lisboa) e mais recentemente na exposição José Pedro Croft gravura, realizada na Academia das Artes dos Açores em 2009 (reproduzidas no catálogo editado).

[2] Refiro-me aqui às esculturas fundidas em bronze e pintadas de branco, como se se tratassem de esculturas num material leve (gesso) e aparentemente frágil. E também às esculturas de parede em fibra de vidro que o autor produziu entre a dácada de oitenta a meados da década de noventa do séc. XX.