
A exposição é uma instalação que questiona e reinterpreta o lugar da obra e o valor do material utilizado.
Recorrendo ao desenho e ao vídeo como documentos do resultado de uma acção de dois dias que culminou com um jantar de amigos, procedeu-se a uma posterior inclusão dos despojos no espaço expositivo, reposicionando o espectador perante os dois momentos de criação: o da materialização da obra e a sua montagem no espaço de exposição para corporalizar o segundo momento - o do confronto com o “outro”.
O espaço expositivo passa a ser palco da dialéctica entre público e privado. Ao duplicar o chão da galeria, ao espectador é vedada a possibilidade de estabelecer um contacto não mediado com o espaço. Cada passo é pensado e objecto de registo, convergindo para uma espécie de “cacofonia visual” que documentará a passagem dos transeuntes.